A combinação de baixo custo de aquisição e manutenção com uma resistência capaz de encarar os caminhos e condições de uso mais difíceis transformou logo o pequeno modelo em um mito no país. Mais de uma geração de motoristas brasileiros aprendeu a dirigir em um Fusca e optou por ele ao adquirir seu primeiro carro.
Com mais de 3 milhões de unidades produzidas no Brasil, o Fusca hoje é um ícone nacional. Ao mesmo tempo em que exemplares bem conservados ou restaurados são disputados por colecionadores, dezenas de milhares continuam sendo usados no dia a dia como meio de transporte ou ferramenta de trabalho.
Fusca 1995, uma das últimas séries (alto); acima, unidades saem de sede da Volkswagen no Ipiranga
Seus primeiros exemplares vindos da Alemanha chegaram ao Brasil em 1950. Pequeno, com motor traseiro refrigerado a ar e um design totalmente diferente do tradicional à época, quando as ruas eram dominadas por grandes sedãs, o carro chamava a atenção.
Mas sua capacidade de transportar até cinco pessoas, baixo consumo de combustível e resistência mecânica logo começaram a conquistar compradores. O Volkswagen começou a ser montado no país, com componentes importados, já em 1953.
Anúncio antigo incentiva a comprar o Fusca
A produção no Brasil começou em 1959, na Anchieta, primeira fábrica da Volkswagen fora da Alemanha, em São Bernardo do Campo (SP). A história do Fusca no Brasil tem uma particularidade: o retorno da fabricação em 1993, sete anos após sua paralisação, em 1986, a pedido do então presidente da República, Itamar Franco, o carro voltou a ser produzido, em uma versão movida exclusivamente a etanol. Sua produção encerrou de vez em 1996.
Internacionalmente o Fusca continuou a ser fabricado no México – onde é conhecido como Vocho, até 2003. Hoje o modelo é uma releitura do ícone, só que com motor 2.0 TSI a gasolina de 211 cv.