Batemos um papo com ela, que tem um quarto de século de Mercedes-Benz do Brasil, nas mais diversas atribuições. Braço direito de Luiz Carlos Moraes, alçado a presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), como gerente, Alessandra começa, instigada pelo Carpress, falando do encontro mensal que acabou com o “novo normal”.
O grupo de convidados diminuiu bem, o almoço foi limado, mas ninguém sabia o que vinha pela frente – entrevistas feitas via live. E agora, como ela encara esse “novo normal”? É o que vai nos responder aqui, entre outros pontos.
Antes do novo normal, o bate-papo que precedia a coletiva eu via como um dos pontos altos do evento. No formato atual, totalmente via live, isso acabou. Isso não é triste?
O bate-papo antes da coletiva sempre foi um momento de aquecimento e ótimas conversas, principalmente com os jornalistas de outras regiões, pois não temos tanta facilidade de encontros presenciais, como por exemplo nas coletivas da Anfavea. Em muitos eventos da nossa marca foram nesses momentos que surgiram ideias de pautas exclusivas e propostas de entrevistas dos mais diversos temas.
É mais fácil treinar executivos para enfrentar jornalistas ao vivo ou via live no caso de uma apresentação importante?
Para mim os dois momentos são desafiadores. Via live o desafio da pronúncia e da linguagem mais simples para facilitar a compreensão. No evento presencial a abordagem é mais fluida, mas também exige do executivo mais preparação para os mais diversos temas e não o foco “da live”. O olho no olho ainda é mais emocionante!
O que você acha bom e do que mais sente falta no atual estado de coisas quando se fala em relação entre jornalistas e executivos?
Sinto falta do presencial mesmo, da boa conversa, pois para nós assessores é fundamental o executivo estar aberto e disposto para se relacionar com os jornalistas.
Em seus 25 anos de carreira, você esperava passar por uma situação como essa?
O dia em que a terra parou sempre foi letra de música, mas vou poder dizer que vivenciei isso tudo, pois pandemia não vem com manual. Dessa forma, exigiu muita resiliência pessoal e profissional.
Existe algum ponto que eu deixei de abordar e que você acha interessante no tocante a esse trabalho em conjunto que nada mais é levar ao público as informações da empresa da maneira mais apurada possível?
O momento exigiu uma nova forma de trabalhar com o meu time e delegar ainda mais as atividades. Utilizamos as mais diferentes ferramentas para mantermos a agilidade para responder com assertividade as pautas jornalísticas. E como sempre digo, comunicação clara e escuta ativa sempre!