As duas configurações do Audi E-Tron têm um forte apelo estético, mas a opção cupê chama ainda mais atenção. A versão que testamos, na cor azul antigua metálico, atraiu dezenas de olhares por onde passou. A tradicional sai por R$ 551.990, enquanto a cupê custa R$ 591.990. No interior, chama atenção as três telas: o painel de instrumentos digital, uma tela central que espelha Android Auto e Apple Car Play e uma terceira localizada logo abaixo, que permite controlar o ar-condicionado de quatro zonas, sem a necessidade de sair da navegação.
Entre os itens tecnológicos, controle de cruzeiro adaptativo, câmera 360° e assistente de direção adaptativo. O veículo também possui suspensão a ar adaptativa, que deixa o SUV mais alto no modo de condução off-road, por exemplo. Outro item muito comentado são as câmeras que substituem os retrovisores, mas trata-se de um opcional que custa R$ 13 mil.
Conjunto motriz
Apesar do recheio farto, é do conjunto motriz que todos querem saber. Ele é composto por dois motores elétricos que entregam, juntos, 408 cavalos de potência e 67,7 kgfm de torque, ambos imediatos, sem precisar subir os giros como em carros a combustão. Isso faz com que o veículo vá de 0 a 100 km/h em apenas 5,7 segundos, mesmo pesando mais de duas toneladas. A velocidade máxima é limitada a 200 km/h. A tração é integral nas quatro rodas e entra em ação sob demanda.
As baterias do E-tron ficam no assoalho, o que muda a distribuição de peso do SUV em relação a um carro de motor dianteiro. Mas a mudança é bem-vinda: o modelo é extremamente estável, mesmo em velocidades mais altas. A suspensão a ar faz com que as irregularidades do solo não atrapalhem a vida dos passageiros da cabine. Além disso, o silêncio impera no habitáculo, já que os motores elétricos não têm o tradicional ronco dos a combustão.
Autonomia
O E-tron é capaz de percorrer 436 km com uma recarga de energia. O tempo necessário para carregá-lo por completo depende muito do equipamento. Em uma estação com corrente direta de 150 Kw, por exemplo, são necessários apenas 50 minutos para a carga completa. Em uma tomada industrial de 11 Kw, é preciso esperar cerca de 9 horas, e em uma tomada residencial comum, 60 horas.
O mais comum é que o proprietário compre um carregador doméstico e deixe o elétrico carregando durante a noite. Assim, poderá rodar com tranquilidade durante a semana e até fazer uma viagem, desde que se atente aos pontos de recarga no caminho. Atualmente, shoppings, hotéis, supermercados e até postos de combustível oferecem pontos de recarga grátis - para checar onde estão os carregadores, basta pesquisar em um aplicativo, como o Plug Share. Espaço para bagagem não vai faltar: o porta-malas possui 600 litros e ainda há mais 60 litros sob o capô.
Com o conjunto-motriz elétrico, mesmo abastecendo com a energia de casa, é possível economizar até R$ 8.420 de gasolina por ano, se você roda em torno de 2 mil km por mês com o veículo.
Paula Gama é jornalista especializada no mercado automotivo há cinco anos, Nesse período já testou mais de cem modelos de veículos no Brasil e no exterior. É apaixonada por história e tem como hobby visitar museus que contam a trajetória automotiva pelo mundo.