Segundo a Daimler, grupo ao qual pertence a Mercedes, a empresa segue normalmente com a produção de caminhões e chassis de ônibus em São Bernardo do Campo (SP), com caminhões e ônibus, e Juiz de Fora (MG), com cabinas de Caminhões. Em nota enviada nesta quinta-feira (17), a Mercedes diz que “a decisão está sendo tomada com base em vários fatores, incluindo a atual situação do mercado brasileiro”.
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O que ela chama de “otimização de sua rede global de produção” inclui inserir suas plantas rumo ao futuro da mobilidade neutra em CO2 e investir na transformação da companhia, com foco na eletrificação e digitalização de seus veículos.
“A situação econômica no Brasil tem sido difícil por muitos anos e se agravou devido à pandemia da Covid-19, causando uma queda significativa nas vendas de automóveis premium. Ao longo do nosso processo de transformação, continuamos a reestruturar a nossa rede de produção global”, afirma Jörg Burzer, Membro do Board da Mercedes-Benz AG, Produção e Cadeia de Suprimentos.
No alto, vista aérea da fábrica; as demais fotos apresentam os Classe C nacionais
“Aumentar nossa eficiência, otimizando a nossa capacidade de utilização é um facilitador importante. Por isso decidimos encerrar a produção de automóveis premium no Brasil. Nosso primeiro objetivo agora é encontrar uma solução sustentável para os colaboradores [são 370] dessa unidade, que contribuíram de forma decisiva para o sucesso da Mercedes-Benz no Brasil com seu comprometimento e expertise nos últimos anos.”
A fábrica de Iracemápolis, região de Campinas, tem sido responsável pela produção do Mercedes-Benz Classe C e pelo Mercedes-Benz GLA. Foi inaugurada no dia 23 de março de 2016 e custou R$ 600 milhões. O volume de automóveis que era produzido em Iracemápolis será transferido para outras fábricas da rede de produção global. Cerca de 50 concessionários de automóveis premium vão continuar oferecendo veículos aos clientes.