O visual talvez seja o maior destaque do X2. Classificado pela marca como um SAC (Sport Activity Coupé), o modelo tem linhas que mesclam SUV e cupê, ressaltando um lado esportivo que a BMW espera agradar ao público mais jovem – seja na idade ou no coração.
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A famosa grade dividida “duplo rim” ganha um toque exclusivo no X2, merecendo atenção ainda o logotipo da BMW na coluna traseira – o que remete aos esportivos do passado da marca, para quem se lembrar. É uma bela homenagem, mas a traseira não é unanimidade em questão de beleza.
Modelo revisita passado, sem perder de vista o futuro da marca
A versão top de linha conta com o pacote M Sport, que agrega itens visuais como rodas, volante, soleiras e entradas de ar diferenciadas para ajudar nesse toque mais apimentado. Mas não há alterações mecânicas.
O compacto premium chega importado da Alemanha adotando a mesma plataforma do X1 e do Mini Countryman. Mais alto que um hatch, porém mais baixo do que um SUV, ele oferece 131 milímetros de altura em relação ao solo.
A tração é dianteira, com motor 2.0 turbo TwinPower a gasolina que rende 192 cv de potência e 28,5 kgfm de torque (força) máximo entre 1.350 rpm e 4.600 rpm. O câmbio é automatizado de dupla embreagem com sete marchas, oferecendo trocas manuais nas borboletas atrás do volante.
Impressões ao dirigir
O X2 impressiona nos quesitos desempenho e conforto. Pesando 1.510 kg (são só 40 kg a mais que o X1), ele é bastante ágil e agora esse motor 2.0 entrega um pouco mais de torque em baixos giros. O resultado é uma arrancada rápida e boas retomadas de velocidade. O câmbio, como se espera, é bem ágil nas trocas e não há trancos. Quando necessário é possível usar as borboletas para subir ou descer as marchas manualmente.
Na cidade, melhor ficar com o modo Eco Pro ou o Comfort, também uma ótima pedida na estrada. Mas, se o objetivo é pisar fundo ou fazer uma ultrapassagem, há ainda o modo Sport, que altera respostas da transmissão e de aceleração, além da suspensão. Não há dúvidas de que esportividade o X2 tem, oferecendo dirigibilidade de hatch. E ainda tem pegada de esportivo.
A suspensão é mais firme, o que faz com que os ocupantes sintam um pouco as imperfeições do piso. Mas só um pouco. Não chega a incomodar e, em contrapartida, oferece uma excelente estabilidade em curvas. O carro é daqueles que a gente chama de “na mão”.
A direção elétrica parece responder milimetricamente a cada mexida no volante. Se você não ficar atento pode invadir a faixa sem perceber. Mas isso é muito bom ao estacionar, por exemplo. Aliás, o raio de esterço do X2 agradou.
A posição de dirigir pode ser escolhida em uma altura maior ou menor, de acordo com o gosto do motorista. Há ajustes elétricos nos bancos dianteiros, inclusive para as abas laterais do encosto. Mas não há ajuste de altura no cinto de segurança. Destaque para o head-up display disponível na versão mais cara e para o ótimo acabamento interno mesclando cores e materiais diferentes. A sensação é mesmo de estar um carro premium. E jovial.
No banco traseiro, os 4,36 metros de comprimento e os 2,67 m de entre-eixos garantem comodidade e bom espaço para as pernas. E como o caimento do teto não é tão acentuado, até para a cabeça – são 1,53 m de altura. O porta-malas tem capacidade para 370 litros, podendo chegar a 1.255 litros com os bancos traseiros rebatidos.
Equipamentos de série
A versão de entrada já vem de fábrica com rodas de 19 polegadas, faróis full LED, câmera de ré, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, seis airbags, controles de tração e estabilidade, pneus run flat e central multimídia com tela de 6,5 polegadas.
Interior traz na configuração top de linha tela de 8,8 polegadas e mapas 3D
Já a configuração top de linha acrescenta central com tela de 8,8 polegadas, mapas com visualização 3D, bancos dianteiros esportivos com ajustes elétricos, teto solar panorâmico, ar-condicionado digital com duas zonas, retrovisores elétricos, rebatíveis e aquecidos e head-up display, que projeta na altura do para-brisa as principais informações como velocidade e orientações do GPS.
Outro item interessante é o manual do proprietário digital, que pode ser consultado na central multimídia do carro. É útil para buscar informações rápidas. Afinal, jovem tende a ser conectado.
A BMW afirma que, atualmente, a linha X representa 55% de suas vendas no Brasil. E com a chegada do inédito X2 e da nova geração do X3, esse número deve aumentar. Porém, a fabricante não fala em expectativa de vendas. Focado em oferecer um carro mais esportivo do que o X1, mas sem perder em espaço, o BMW X2 tem potencial, mas não deve ultrapassar o irmão.